Oi. Eu não cheguei a dar um olá aqui no meu primeiro post. Mal educação da minha parte, admito. Hoje o dia está nublado e eu amo dias nublados, tranquilos. Eu estava andando pelos testes do Buzzfeed como boa desocupada que sou e encontrei um, no qual o título me chamou bastante atenção: What Shade Of Blue Are You?. Fiquei refletindo em cima desse questionamento. E sobre aquela teoria de que cada um tem sua própria percepção das situações, lugares e sentimentos. O que para mim, faz todo sentido. Mas já conversei com pessoas que discordaram, e ok. Pensei também sobre aquela expressão "I feel blue" para se dizer que está triste, para baixo, borocoxô. Então a postagem de hoje é uma análise em cima disso.
Se você fosse experimentar algo, mas não pudesse compreender ou expressar a experiência com palavras, então, é claro, você não seria capaz de descrever com precisão a experiência para outras pessoas. Assim, ninguém será capaz de saber o que você experimentou. Esta teoria é conhecida como Argumento da Linguagem Privada. Que propõe que nenhuma linguagem pode ser compreensível se for apenas para um indivíduo. A linguagem só é formada por meio do uso compartilhado por uma comunidade de outras pessoas.
"O homem possui a capacidade de construir linguagens com as quais se pode expandir todo sentido, sem fazer ideia de como e do que cada palavra significa - como também falamos sem saber como se produzem os sons particulares" - Ludwig Wittgenstein
Jamais podemos saber como é a aparência de azul de outra pessoa, ou como é a sensação do soco no braço de outra pessoa, ou como é o sentimento de amor ou felicidade de outra pessoa. Todos nós estamos trancados em nossas mentes, gritando uns com os outros na tentativa de descobrir, mas nunca fomos capazes de entrar na de outra pessoa para descobrir, com precisão. Em última análise, não importa qualquer postura filosófica ou teoria científica, é justo argumentar que, no mínimo, ninguém pode ou jamais saberá o que significa ter navegado e experimentado este universo da mesma maneira que você.
Ninguém pode ver a partir das posições exatas de tempo e espaço na ordem exata que você. Cada momento em que você experimenta um sentido particular ou imagem do mundo, é com suas condições particulares de consciência, é para sempre exclusivamente seu. Talvez nos sintamos e experimentemos de maneiras quase idênticas, ou talvez todos nós sintamos e experimentemos de maneiras muito diferentes, sua versão do azul, sua sensação de dor, sua experiência de amor, poderia talvez, ser sua única versão do azul, sua única versão da dor, e sua única versão de amor que existe em todo o universo.
Isso soa solitário, porque é mesmo. Mas me ajuda a ser mais gentil comigo, e com o outro. Aquela frase clichê: "Seja gentil. Você não sabe o que o outro está passando." se encaixa perfeitamente nesse contexto. Meu cérebro é diferente do seu, logo minhas percepções sempre vão ser diferentes das suas. Eu chamo isso de singularidade. O real sentido de singularidade. Vamos definir o nosso azul por código HTML? Hahahah. Deixo, por fim, indico uma música da IU, chamada Blueming, que redefiniu o "feeling blue".
Com amor, Amanda.


Oi Amanda, tudo bem?
ResponderExcluirSuper concordo contigo sobre cada um ter uma percepção e sensação a partir das experiências e acontecimentos, achei super legal a análise que você fez, esse post me lembrou um pouco sobre as linguagens do amor (amo esse tema) e sobre os temperamentos. Inclusive, você escreve muito bem e a sua linguagem é muito doce, tô muito encanta :') Seu blog é uma graça, persista nele, espero poder te acompanhar por aqui, pois amei mesmo!!
- Beijos, Line ♥
LINGUAGENS DO AMOR!! Eu amo demais isso aa. Obrigada, fico feliz demais lendo isso :')
Excluir